Bem Vindo! Nada mais do que a informação que você precisa!

Caros amigos, em 2007, Normann Kestenbaum, escritor, empresário e apaixonado pela comunicação, escreveu um livro intitulado: "Obrigado Pela Informação que Você não me Deu". Desde então, esse título me persegue e se tornou uma daquelas máximas que acabam regendo nossas atividades.

Hoje, quero que ao comentar ou ler qualquer post desse blog, você diga: "Obrigado pela informação que você não me deu" pois é justamente isso que pretendo, discutir temas relacionados à organização e a gestão da informação e do conhecimento e como estas podem lhe auxiliar na realização de suas atividades pessoais e profissionais.

Bem vindo e Boa Leitura!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Não existe gestão do conhecimento. É um mito

Opinião: gestão do conhecimento é um mito inventado, que adotamos por um período. Mas já está na hora de superá-lo, pois tem gerado mais confusão do que solução.

Por Carlos Nepomuceno

Este artigo não é recomendado para crianças. Vamos aos fatos. Não é possível que um velhinho de barba e roupa vermelha rode em uma noite todo o planeta. Nem a Amazon consegue ser tão eficiente.

Já sobre a Gestão do Conhecimento podemos dizer que:

1. Só é possível fazer a gestão de algo concreto.
De livros, mercadorias, de documentos, até de pessoas, pois elas têm nome, CPF e identidade, são concretas, palpáveis, existem, são substantivos.
(Mesmo de mercadorias imateriais, como um software, é possível, pois existem os códigos que podem ser manipulados.)

2. Não se faz gestão de algo que pode vir a ser, nem do futuro, nem do que passou, como o passado. Não é possível assim administrar sonhos, ideias, conhecimento.

Eles não existem, podem ou não ocorrer, são irreais, possibilidades, são verbos em movimento, que dependem de uma série de circunstâncias reais para tornar com a sua ação algo concreto, aí sim, um substantivo gerenciável.

É possível, por exemplo, fazer a gestão do ambiente para produzir novas ideias.Mas tudo é apenas possibilidades, diminuição de taxa de erro, etc…

Criar um espaço confortável, para proporcionar o bem estar das pessoas. Perceber, a partir da experiência e dos desejos, aonde cada um pode render mais e como. (O Caetano gosta de ambientes calmos e pouco agressivos em uma entrevista. Já o Brizola gostava da polêmica.)

Ou seja, cada pessoa tem um potencial e precisa de um determinado ambiente para se sentir confortável para que aquela complexidade toda (emoção, razão, espírito) consiga - a partir de determinadas condições - apresentados determinados problemas, produzir determinados resultados.

São condicionantes.
Faz-se assim, no máximo, gestão dos potenciais (ou seja das pessoas e do seu perfil), gestão do ambiente, gestão do que foi produzido (informação), mas não do conhecimento, que é um algo sempre em processo.

Parafraseando Raul Seixas: conhecimento que se sonha junto é informação.

Sim, a meu ver, gestão do conhecimento é um mito inventado, que adotamos por um período, mas que já está na hora de superá-lo, pois ele tem gerado mais confusão do que solução.

A internet com suas ferramentas de colaboração apresenta o tempo todo soluções para a gestão dos potenciais, ao querermos mais e mais saber dos desejos de cada um.

Vide os livros recomendados pela Amazon. A busca personalizada do iGoogle.

A sociedade das mudanças aceleradas pede que a gestão dos potenciais intelectuais seja bem feita, pois é desse criatividade que as organizações ganham competitividade.

E antes que você me pergunte. Não, não coelhinho da páscoa também não coloca ovos de chocolate.

E você o que acha disso tudo?

Eu particularmente não concordo, e em alguns post futuros vou apresentar minhas razões.

Sobre o autor
Carlos Nepomuceno (nepomuceno@pontonet.com.br) é professor, pesquisador e co-autor do livro Conhecimento em Rede (Editora Campus), coordenador do ICO, Instituto de Inteligência Coletiva e diretor da Pontonet. Mais dele no blog CNepomuceno e no Twitter.

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